Este novo diploma, segundo a Avidouro, «apenas» cria uma Comissão Administrativa «para tentar garantir a gestão corrente, a do quadro de pessoal e do património da instituição», corrigindo apenas «alguns dos desmandos feitos à nossa Casa do Douro», o que «não chega para recolocar a legitimidade que se exige».

Em nota à comunicação social, divulgada no dia 12, após uma conferência de imprensa realizada no Peso da Régua, distrito de Vila Real, a Associação recorda que a «crise» que se vive na Região Demarcada do Douro foi «provocada, em primeiro lugar, pela longa paralisação a que foi sujeita a Casa do Douro» e, também, «pelo processo de privatização forçada de que esta foi alvo através do anterior governo e da anterior maioria que o suportava na Assembleia da República».

Neste sentido, exige-se a revogação do Decreto-lei n.º 152/2014, que consagra a passagem da Casa do Douro de entidade pública para entidade privada.

«Lamentavelmente, o partido do actual Governo e os seus deputados (PS) juntaram-se aos partidos do anterior governo e chumbaram uma outra proposta de lei (apresentada pelo PCP) que visa revogar o Decreto Lei 152/2014», informa a Avidouro, que promete «continuar a luta» e «denunciar aqueles, sejam eles quem forem, que em vez de “resgatarem” as malfeitorias do anterior governo e da maioria que o suportava, optam, agora, por “rasgar” os seus próprios e públicos compromissos perante os vitivinicultores e a região».

A Associação vai ainda convocar os vitivinicultores para acções públicas em defesa da Casa do Douro e do património da lavoura, assim como para reclamar o aumento do benefício (quantidade de mosto que cada produtor pode transformar em vinho do Porto) e melhores preços à produção, nesta campanha, para vinhos do Douro e generoso.